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A influência da mãe no nosso estilo pessoal

A influência da mãe no nosso estilo pessoal

No ano passado eu falei sobre o papel da mãe como nossa primeira consultora de estilo, falando especialmente de crianças (aqui) e apesar de o texto de hoje ser muito parecido, eu trouxe o exemplo de algumas clientes para você entender como é a influência da mãe no nosso estilo pessoal – e na nossa autoestima, já que dependendo da roupa que usamos, podemos nos ver de forma mais positiva ou mais negativa.

A influência da mãe no nosso estilo pessoal

Para explicar a influência da mãe no nosso estilo pessoal eu vou trazer alguns pontos que as minhas clientes mais trazem para a consultoria de estilo – coisas que a gente aprende na infância e carrega a vida toda como se fosse verdade absoluta, só por que foi a nossa mãe que falou.

Mas, antes, vou falar do conceito de prioridades no vestir, que eu uso na consultoria de estilo.

Prioridade de alma

A base do meu trabalho na consultoria de estilo é descobrir qual é a prioridade de alma e a prioridade de vida da cliente, e ajudar ela a se vestir unindo essas duas coisas, para que a imagem que ela vê no espelho (e os outros veem) seja coerente com quem ela é e com o ambiente, dress code, clima e mensagem que ela quer transmitir.

A prioridade de alma é formada junto com a nossa personalidade, e por isso tem influência direta das pessoas que convivemos especialmente na infância, e mais diretamente da nossa mãe, já que é ela quem nos veste e ajuda a escolher as roupas para que a gente fique mais bonita (de acordo com os conceitos de beleza que ela tem), mais adequada (de acordo com o conceito de adequação que ela tem), e evitando ou proibindo alguns tipos de roupa para que a gente não fique vulgar, feia ou inadequada, também de acordo com os seus conceitos.

Muitos desses conceitos vão virar os nossos conceitos também, mas somos pessoas diferentes, e por isso, podemos discordar de alguns deles, e isso influenciar diretamente nas escolhas erradas que fazemos na hora das compras, que resulta em looks que não são coerentes com a imagem que a gente quer transmitir, e que afetam a nossa autoestima. Como essas escolhas são automáticas, muitas vezes esse processo não é consciente, e por isso, a pessoa não sabe nem por onde começar, quando se sente infeliz. E, modéstia a parte, contratar uma consultora de estilo que seja psicóloga (no caso, eu) ajuda pra caramba! 🙂

Você pode ler mais sobre as prioridades nesse texto aqui.

Corpo

A escolha que fazemos das roupas que vamos usar fala do nosso estilo e da nossa relação com o corpo: O que vamos mostrar e o que vamos esconder. O que vamos evidenciar e o que vamos disfarçar.

Não é raro as clientes me contarem que essas escolhas são baseadas em coisas que suas mães falaram desde a infância:

  • Você não pode usar shorts curto porque tem a perna grossa demais / fina demais / branca demais
  • Essa blusa / vestido / calça / short / saia te deixa mais gorda
  • Preto emagrece
  • Não pode usar roupa larga com larga, ou você vai ficar maior
  • Não pode usar roupa listrada, porque engorda

Toda mãe quer o bem dos filhos, e com certeza, ao falar qualquer uma dessas frases (e muitas outras) é pra evitar o seu sofrimento, mas além de você não necessariamente precisar ter a mesma opinião dela, nem sempre ela tem informações de moda o suficiente para te dar opções além de proibir algum tipo de roupa.

Certo x Errado

O conceito de certo e errado também varia de pessoa pra pessoa, e assim como você e sua irmã ou irmão são diferentes mesmo tendo sido criados da mesma forma e com os mesmos pais, o seu conceito de certo e errado também pode ser diferente da sua mãe.

A influência da mãe no nosso estilo pessoal passa pelo conceito de certo e errado que você “herda” dela, e pode ser desde fazer mix de estampas até usar um decote mais ousado, por exemplo. E aí, de novo, é importante saber que o seu conceito de certo e errado pode ser diferente do dela, e isso não faz dela uma mãe ruim, e nem de você uma filha ruim. Vocês apenas têm estilos diferentes! 🙂

Eu tenho uma cliente hoje na consultoria de estilo online que só parou de usar só saia depois de casar, porque a mãe achava errado mulher usar calça por causa da religião dela. Afilha continua frequentando a mesma igreja, mas usa calça comprida porque o conceito dela de certo e errado é diferente do conceito da mãe – e do estilo dela também!

Bonito x Feio

A influência da mãe no nosso estilo pessoal também faz a gente achar alguma coisa bonita ou feia, porque é muito comum a gente querer se espelhar na nossa mãe quando criança e isso continuar depois, na fase adulta (mesmo que tenha um gap na adolescência rsrs).

Eu perdi a minha mãe há 18 anos e se você me acompanha nas redes sociais sabe o quanto ela é importante pra mim. Eu até fiz uma tatuagem pra ela esse mês, e como ela morreu quando eu tinha 19 anos, eu nem lembro o que ela dizia sobre tatuagens. Mas eu tenho certeza que mesmo que ela ache feio, vai achar o meu gesto lindo! 🙂

Coisa de menina

Ainda temos muito a percorrer na questão de gênero, e a minha intenção não é entrar nisso, mas muitas pessoas ainda pensam em “coisa de menina” e “coisa de menino” na hora de comprar roupa, e esse conceito também passa, na maioria das vezes, de mãe para filho, e pode te impedir de comprar aquela camiseta linda na sessão masculina, ou usar gravata, por exemplo, como eu adoro:

Coisa de mulher decente

Muitas mulheres têm medo ou vergonha de confessar que quer se sentir sexy ou atraente na hora de se vestir. O medo do julgamento alheio vem da infância, e do conceito do que é “coisa de mulher decente” ou não, e isso pode influenciar a forma como você se veste, se vê e a sua autoestima. Eu falei mais sobre o medo de parecer sexy nesse texto aqui.

Isso também serve para outras coisas (como tatuagens, por exemplo) e para outras pessoas! O meu ex-marido, por exemplo, achava que tatuagem não era coisa de mulher decente. E depois que eu me separei fiz 5 outras, além da primeira, que fiz enquanto éramos noivos.

Por último mas não menos importante: Esse texto não é, de forma nenhuma, uma crítica à criação e sim uma tentativa de levar as pessoas à reflexão do que faz parte de quem elas são ou o que foi herdado e não faz mais sentido, o que pode ser mudado, o que pode estar incomodando ou fazendo elas se sentirem infelizes ou insatisfeitas.

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Priscila Citera

Apaixonada por pessoas e por moda, resolvi unir a Psicologia e 12 anos de experiência em recursos humanos com a formação em Consultoria de Estilo pela Oficina de Estilo, e desde 2014 ajudo mulheres e homens desse mundão todo a transformarem personalidade em looks e roupas em representação da personalidade, sem que eles precisem gastar muito!